12/12/2014

Carta aberta à Filosofia

Que raio de saber és tu, Filosofia, que me estás sempre a mostrar que nada sei?
Quem julgas tu que és para me estares sempre a molestar com perguntas que parecem não ter fim.
Dizem que te chamas Sofia e que Sofia é o nome de sabedoria, dizem que és amiga, mas eu duvido que o sejas, porque às vezes, quando te faço perguntas, tu respondes-me com mais perguntas. Que diabo! Endoideceste?
Porque me obrigas sempre a ir buscar respostas complexas e não respostas simples?
Tanto trabalho, tanto trabalho e tão poucos louros! Se eu pudesse matava-te, Filosofia, mas nem isso me deixas fazer, porque se te mato, mato-me a mim próprio, porque não encontro o sentido da minha existência.
Dizem que és radical, mas eu nunca te vi a andar de skate, ou de patins em linha; em vez disso dás-me mais trabalho! Nem sei porque te escrevo, nem sei porque ainda te falo, tão pouco porque não posso fugir de ti! Será que em vez de ódio, é amor que sinto por ti? Vá, responde-me, Filosofia! Vamos, responde-me!

Sérgio Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário