02/02/2015

A intolerável intolerância


Foto:Reprodução
Sidneia Freitas, Especial para Diário da Manhã

Diariamente nos deparamos com diferentes atos de intolerância, sendo eles por diversas causas, desde discussões por motivos irrelevantes que terminam em violência ou morte, intransigência religiosa ou relacionada a preconceitos: diversidade sexual, racismo, regionalidade e outras vezes associadas ao futebol.
Esses episódios refletem o quanto estamos distantes de uma convivência harmoniosa com nossos semelhantes em nossa sociedade. De que forma a psicologia, ciência que se ocupa do comportamento humano, pode interferir sobre essa atitude mental que desorganiza as relações que estabelecemos?
É comum encontrarmos no dia a dia momentos que nos desagradem ou pessoas que nos contrariem, seja uma opinião diferente, uma postura inadequada, um comportamento, jeito de ser, uma encostada atrás do carro, o caixa que está demorando, a pessoa que pega a vaga que você estava aguardando, que fura a fila, entre outras situações que envolvem a falta de respeito ao próximo.
Nesses momentos reagimos de alguma maneira e essa reação está relacionada a algumas variáveis que estão ligadas à nossa personalidade, valores que cultivamos ao longo da vida, nossos modelos e o filtro que criamos para o impulso que nos acomete nos momentos de contrariedade.
Esse controle no impulso determinará de que forma será essa reação, pode tanto gerar um enorme aborrecimento, associado a discussões e violência ou simplesmente, se esse filtro estiver mais trabalhado, se importar menos com esses momentos, absorvendo melhor os sentimentos gerados e determinar um melhor desfecho relacionado às atitudes impensadas e à intolerância.
Essas reflexões precipitam o desejo de uma sociedade que reconhece e respeita as diferenças, na busca de um ajuste que retome o valor humano e o torne irrefutável, promovendo desta forma uma condição plena para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas em sua particularidade.

(Sidneia Freitas é psicóloga, neuro-psicóloga e sócia-fundadora da Clínica Sintropia)
Fontes: http://www.dm.com.br/opiniao/2015/01/a-intoleravel-intolerancia.html

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